quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NUTRIÇÃO E SAÚDE BUCAL NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA


As doenças bucais são as mais freqüentes entre as doenças crônicas. Entre os agravos destaca-se a cárie dentária, que continua a afetar bebês, pré-escolares e escolares em todo o mundo.

Atualmente admite-se imprópria a orientação de que para não ter cárie, “a criança pode comer o que e quando quiser, desde que escove os dentes depois”. Pois, a dieta, particularmente rica em carboidratos refinados, é uma variável de importância crucial no processo de cárie dentária.

O papel da sacarose

A sacarose é o mais cariogênico de todos os carboidratos, uma vez que:

v Difunde-se rapidamente pela placa bacteriana, sendo fermentada até ácido lático ou outros ácidos que dissolvem o tecido dentário

v É parcialmente armazenada como polissacarídeo intercelular pelas bactérias para ser utilizada entre as refeições

v Atua como substrato para a produção de depósitos extracelulares, o que confere adesividade à placa dentária e favorece a colonização por microorganismos

A introdução da sacarose no primeiro ano de vida, época em que estão rompendo os primeiros dentes, permite a implantação e colonização das novas superfícies dentárias por bactérias cariogênicas, portanto é recomendado que sua introdução seja, de preferência, após os 12 meses.

Deve-se estimular o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses; e a partir de então, introduzir os alimentos sólidos de modo que a alimentação da criança em torno dos 12 meses seja semelhante à da família.

Sabe-se que os indivíduos que se alimentam de 5 a 6 vezes ao dia tem quedas de pH na cavidade bucal que iniciam junto ou imediatamente após o consumo do alimento e permanecem por 30 a 60 minutos. Assim, os intervalos entre as refeições permitem o retorno do pH à neutralidade.

Entretanto, o hábito alimentar caracterizado por constantes “beliscadas” de carboidratos faz com que o pH bucal permaneça constantemente em um nível considerado crítico (pH<5,5),>

Contudo o consumo de sacarose logo após as refeições, em forma de “sobremesa”, parece não exercer papel cariogênico, pois há aumento no fluxo salivar junto e logo após as refeições, permitindo que os ácidos bacterianos sejam neutralizados mais rápido.

O uso de mamadeira para fazer a criança adormecer provoca diminuição do fluxo salivar que ocorre durante o sono, podendo levar a “cárie de mamadeira”, na qual os dentes superiores anteriores manifestam inicialmente manchas brancas que, em poucas semanas, transformam-se em cavidades, restando logo após apenas as raízes.

O aleitamento materno em livre demanda após os 12 meses não é recomendado, pois está associado à ocorrência de cárie precoce na infância e risco de carências nutricionais.

Artigo publicado na Revista da ABO de Nova Iguaçu, Ano 1, Edição 1, Dezembro de 2010.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Alimentos Funcionais

         Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão, osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte da população e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação.
        Hábitos alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento.
        O papel da alimentação equilibrada na manutenção da saúde tem despertado interesse pela comunidade científica que tem produzido inúmeros estudos com o intuito de comprovar a atuação de certos alimentos na prevenção de doenças. Na década de 80, foram estudados no Japão, alimentos que além de satisfazerem às necessidades nutricionais básicas desempenhavam efeitos fisiológicos benéficos. Após um longo período de trabalho, em 1991, a categoria de alimentos foi regulamentada recebendo a denominação de "Foods for Specified Health Use" (FOSHU). A tradução da expressão para o português é Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos.
      Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano.
       De acordo com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão médica.
    O surgimento recente desses novos produtos que trazem um "algo mais", além dos nutrientes já conhecidos, teve influência de fatores como: os altos custos com o tratamento de doenças, o avanço nos conhecimentos mostrando a relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os interesses econômicos da indústria de alimentos.
     É importante salientar que antes do produto ser liberado para o consumo deve obter registro no Ministério da Saúde e, para isso, precisa demonstrar sua eficácia e sua segurança de uso. O fabricante deve apresentar provas científicas comprovando se a alegação das propriedades funcionais referidas no rótulo são verdadeiras e se o consumo do produto em questão não implica em risco e sim, em benefício à saúde da população. Lembrando ainda que as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, à redução de risco mas não à cura de doenças.
       As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes de constituintes normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que modifiquem suas propriedades originais exemplificada por vários produtos industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega 3.
     Um ponto que vale a pena ser comentado, é o fato de alguns alimentos industrializados possuírem concentrações muito baixas dos componentes funcionais, sendo necessário o consumo de uma grande quantidade para a obtenção do efeito positivo mencionado no rótulo. No caso do leite enriquecido com ômega 3, por exemplo, seria mais fácil e vantajoso, o consumidor continuar ingerindo o leite convencional e optar pela fonte natural de ômega 3 que é o peixe. Primeiro, porque normalmente os produtos industrializados com ação funcional são mais caros, segundo pois o peixe tem outros nutrientes importantes a oferecer como proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais. Portanto, o produto contendo a substância funcional não substitui por completo, o alimento de onde foi retirado tal composto, uma vez que apresenta apenas uma característica deste.
      Ainda em relação aos produtos industrializados com caráter funcional, é importante esclarecer que o simples consumo desse tipo de alimento, com a finalidade de obter um menor risco para o desenvolvimento de doenças, não atingirá o objetivo proposto se não for associado a um estilo de vida saudável levando em consideração principalmente, a alimentação e a atividade física.
        Por fim, uma alimentação equilibrada e variada incluindo, diariamente, alimentos de todos os grupos na proporção correta já fornece alimentos com propriedades funcionais naturais, sendo desnecessária a aquisição de produtos funcionais industrializados normalmente com custo mais elevado para obter os nutrientes essenciais e os benefícios à saúde.
        Na tabela abaixo, estão descritos alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde.


Bem estar e Qualidade de vida: Alimente esta idéia!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Verduras na alimentação do idoso

Verduras e legumes são plantas ou partes de plantas que servem para o consumo humano, como folhas, frutos, caules, sementes, tubérculos e raízes. Hortaliça é a denominação genérica para verduras e legumes. Utiliza-se a denominação verdura, quando as partes comestíveis são as folhas, as flores, os botões ou as hastes.
•Folhas: acelga, agrião, aipo, alface, almeirão, couve, espinafre, repolho, rúcula;
•Flores: alcachofra, brócolis, couve-flor;
•Caules: acelga, aipo, aspargo, palmito.

ACELGA: contém as vitaminas A, B1, B2, B5 e C e o mineral potássio, fósforo, cálcio, ferro e sódio, além de fibras. Bom para constipados.

AGRIÃO: rico em iodo e sais minerias como o enxofre, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, cloro, sódio e ferro, além das vitaminas A, B1, B2 e C.
Preparação: Retire as folhas murchas e os talos mais grossos. Lave bem, deixe de molho, enxágüe e seque.

BRÓCOLIS: rico em cálcio e ferro, também possui potássio, fósforo, sódio, enxofre e as vitaminas A, B1, B2, B5 e C. Porém tudo isso se perde quando ele é cozido. Os nutrientes são preservados totalmente se cozido no vapor. O excesso pode produzir gases intestinais.

COUVE: rica em fibras, possui minerais como cálcio, ferro, enxofre, iodo e as vitaminas A, B e C. Ela cozida no vapor combina com cebola.
Preparação: preparada crua ou cozida combina com pratos fortes como cozidos e carne de porco. Para saladas, retire com uma faca o talo central e disponha as folhas numa saladeira. Para cozinhar, pique as folhas em tirinhas ou rasgue-as e refogue no azeite.

ESPINAFRE: rico em fibras, possui os minerais ferro, cálcio, fósforo, potássio e magnésio e as vitaminas A, B, C e D. Contém quatro vezes mais caroteno e três vezes mais luteína que o brócolis.

RÚCULA: é rica em proteínas, vitaminas A e C, e sais minerais, principalmente cálcio e ferro, contém ômega 3 e é pobre em calorias. Possui sabor muito forte, picante e amargo; é preparada crua em saladas ou refogada.
Preparação: Retire todas as folhas murchas e machucadas. Arranque as raízes, lave bem e seque em toalhas de papel - é melhor não usar uma secadora de verduras, que pode danificar as folhas tenras.

ALFACE: os tipos principais são: manteiga (lisa), com folhas mais soltas e de textura macia; mimosa, de folhas crespas e delicadas; romana, de cabeça alongada e folhas crespas; americana, cujas folhas formam uma cabeça compacta; vermelha, de folhas soltas, nada compactas e cor avermelhada na ponta; e frisée, toda frisadinha, extremamente decorativa e saborosa.
Preparação: Retire as folhas murchas e corte o talo central. Lave bem as folhas em água fria e deixe de molho em água e vinagre. Enxágüe bem, escorra e seque. Se as folhas forem grandes, rasgue-as em pedaços.

A nutrição está diretamente ligada ao envelhecimento, mudanças fisiológicas podem afetar a ingestão e o prazer de se alimentar, como: paladar, olfato, redução do fluxo salivar, digestão mais lenta, problemas de dentição, e redução na força da mastigação, dificuldade ao engolir, e a absorção também pode ser afetada. Alguns efeitos gerais do envelhecimento podem ser modificados ou atenuados através da atenção especial a nutrição (GALLO,2001).
Sá – 1990 relata que o consumo de verduras é baixo em idosos por conta do uso de prótese dentária, que dificulta na mastigação.
Comer uma variedade de frutas, legumes e verduras garante, seguramente, uma adequada ingestão da maior parte dos micronutrientes, fibras e uma gama de fatores nutricionalmente essenciais. Além disso, o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras pode ajudar a substituir alimentos que possuem altas concentrações de gorduras saturadas, açúcar e sal (Gomes, 2007).
Especialmente na terceira idade, são importantes os alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras e cereais integrais. Com o passar dos anos, ocorre uma diminuição dos movimentos do intestino (que auxiliam na eliminação das fezes), levando à constipação intestinal (prisão de ventre). As fibras, por não serem absorvidas ajudam a eliminação das fezes. Uma dieta rica em fibras impede a absorção acentuada de colesterol e derivados, através do aumento do bolo fecal.

sábado, 6 de novembro de 2010

Deixar de comer antes dos exercícios pode comprometer o rendimento do treino

Uma boa rotina de exercícios físicos não inclui apenas saber que tipos de atividades fazer, mas também o que se comer antes e depois

O que eu tenho?
Uma boa rotina de exercícios físicos não inclui apenas saber que tipos de atividades fazer, mas também o que se comer antes e depois. Glaucia Braggion, gestora do curso de Nutrição da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), dá algumas dicas do que deve estar presente na alimentação antes e depois do treino.

Deixar de comer antes dos exercícios pode comprometer o rendimento do treinoÉ melhor se alimentar antes ou depois de uma rotina de exercícios?

As duas coisas. A pessoa ao se exercitar nunca deve fazê-lo em jejum. Isso dificulta o processo de queima de gordura, acelera a degradação da massa muscular e ainda pode causar hipoglicemia, mal-estar, desmaios e queda no rendimento físico durante a atividade física.

Por isso, é preciso ingerir alimentos leves e de fácil digestão antes do exercício. Por outro lado, se o exercício for prolongado ou intenso, o praticante também deve repor as energias após a sessão. Alimentar-se após o exercício permite melhor recuperação muscular (para estar pronto para outra sessão de exercícios), ajuda na síntese de proteínas, o que permite o ganho de massa muscular para quem faz exercícios de força, e ainda minimiza o risco de perder a massa muscular por degradação.

Se há indicação de se comer antes, quais os alimentos ideais?

Os alimentos leves, de fácil digestão e que contenham carboidratos, como frutas, pães e torradas, biscoitos, etc. Deve-se evitar grandes volumes de alimentos antes dos exercícios e também muitas fibras, pois esta demoram a sair do estômago e podem causar desconforto durante o exercício. Prefira ingerir fibras em horários distintos, mas não antes do exercício.

No caso do pós-treino o que se deve comer?

No pós-treino, o mais importante é repor os líquidos perdidos. Os carboidratos são fundamentais para repor os estoques musculares de energia e as proteínas para o ganho de massa muscular. Pode ser uma vitamina de frutas com iogurte ou até mesmo uma refeição completa.

Existe diferença entre a alimentação pós-treino aeróbico e de força?

Em geral, a alimentação pós-treino deve ser rica em carboidratos e proteínas independentemente de o treino ser aeróbico ou de força.

No treino de força recomendam-se suplementos?

Apenas nos casos de pessoas que treinam com fins esportivos, competitivos e cuja dieta não consiga suprir as necessidades de proteínas. Em geral, uma dieta adequada, equilibrada e completa é perfeitamente capaz de suprir todas as proteínas sem necessidade de suplementação.

Além da alimentação, a hidratação também merece atenção?

É essencial hidratar-se antes, durante e após a atividade física e o exercício. A desidratação causada pela sudorese durante o exercício prejudica não apenas o desempenho esportivo, mas também a saúde do praticante. A reposição desse líquido perdido com o suor é fundamental. Para evitar problemas, o praticante já deve iniciar a atividade física bem hidratado e manter a ingestão durante a prática. Após o término, repor as perdas de líquidos é fundamental.

Nutricionista Personal Diet

O que faz um Nutricionista?

Orientar e conscientizar sobre os cuidados com a saúde, analisando fatores e critérios técnicos, para orientar na prevenção e tratamento da doença, promovendo a saúde através da alimentação.

Por que consultar um Nutricionista?

A saúde e o bem-estar dependem da qualidade da sua nutrição. Aprender sobre alimentação é sinônimo de uma melhor qualidade de vida. O acompanhamento nutricional vai promover a educação alimentar, mantendo as preferências alimentares. Sem sacrifícios, comer o que se gosta com menos riscos de adoecimento.

O que significa dieta?

A palavra dieta vem do grego “díaita”, que significa “gênero de vida”. É desta forma que a dieta precisa ser encarada: algo que deve ser incorporado ao nosso gênero de vida, uma mudança de hábitos definitiva, sem que a pessoa perca o prazer de comer.

Reeducação alimentar

É freqüente que uma pessoa emagreça e, pouco tempo depois, recupere todos os quilos perdidos com tanto sacrifício. O procedimento correto para emagrecer consiste em mudar gradativamente a alimentação, adquirindo novos hábitos para toda a vida. Para perder peso, não é preciso renunciar aos pratos prediletos nem fazer ginástica o dia inteiro.

Atendimento diferenciado:
- Home Care
- Educação nutricional
- Acompanhamento nutricional
- Personal Diet
- Consulta com hora marcada

Contato: (21)95252817