domingo, 25 de setembro de 2011

Conhecendo melhor o Diabetes



O diabetes melito é um distúrbio metabólico caracterizado por concentrações elevadas de glicemia plasmática (hiperglicemia) resultantes da incapacidade parcial ou total do pâncreas em produzir e secretar este hormônio, responsável por transportar a glicose para o interior das células. A American Diabetic Association (ADA, 2008) classifica o diabetes como:
  • Pré-diabetes
  • Diabetes melito tipo 1
  • Diabetes melito tipo 2
  • outros tipos de diabetes
PRÉ-DIABETES

Também conhecido como intolerância à glicose ou resistência à insulina, o pré-diabetes surge quando as células começam a apresentar dificuldades para a absorver a glicose, mesmo quando o pâncreas ainda produz insulina.
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado pelo teste de tolerância oral à glicose (TTOG), quando a glicemia se encontra entre 140 e 200mg/dl duas horas após a sobrecarga com 75g de glicose via oral. O TTOG deve ser realizado quando a glicemia de jejum se encontra entre 100 e 125mg/dl.
Como normalmente não há sintomas, é importante sua investigação na presença de duas ou mais das seguintes características:
  1. idade superior a 45 anos;
  2. execesso de peso ou obesidade;
  3. sedentarismo;
  4. hipertensão arterial;
  5. elevação dos lipídios plasmáticos;
  6. história familiar de diabetes.
DIABETES MELITO TIPO 1

É uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células produtas de insulina. Isso ocorre porque o sistema imunológico passa a reconhecer essas células como substâncias estranhas, atacando-as e destruindo-as progressivamente. É diagnosticado principalmente na infância. Os sinais e sintomaos mais comuns são: sede excessiva, vontade de urinar excessiva, perda de peso, fome exagerada, visão embaçada, infecções repetitivas de pele e mucosa, dificuldade de cicatrização de feridas e muito cansaço. Neste caso, o tratamento consiste em uso de insulina, que é prescrito pelo Médico com base na terapia dietética (contagem de carboidratos) realizado pelo Nutricionista.

DIABETES MELITO TIPO 2

Este tipo de diabetes pode iniciar décadas antes de seu diagnóstico. É decorrente da resistência à insulina, que ocorre quando a insulina secretada não consegue promover a entrada de glicose na célula, ocasionando hiperglicemia.
Episódios recorrentes de hiperglicemia fazem com que o pâncreas eleve ainda mais a produção de insulina (hiperinsulinemia), debilitando progressivamente o órgão até que este pare totalmente de produzir e secretar o hormônio.
O diabetes tipo 2 tem como causas principais os fatores hereditários, a obesidade e o sedentarismo. Os sinais e sintomas clássicos incluem: infecções frequentes, excesso de peso ou obesidade, sedentarismo, história familiar, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas e formigamento nos pés.
O tratamento consiste no uso de hipoglicemiantes orais e terapia dietética.

Vale lembrar que a maioria dos danos causados pelo diabetes melito não controlado é silenciosa, ou seja, ocorre lentamente antes que seja percebida. Por isso, torna-se importante o controle glicêmico através da adesão completa do tratamento medicamentoso e dietético.
É importante fazer o acompanhamento rotineiro com o Médico e o Nutricionista.

Bem estar e qualidade de vida: alimente essa idéia!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Efeitos da soja na saúde humana.


O efeito funcional da soja mais comprovado é a melhora do perfil lipídico, incluíndo redução de colesterol total, LDL e triglicérideos, sem aumento significante de HDL. Além disso apresenta efeitos antiinflamatórios decorrentes de suas proteínas, das isoflavonas e de ácidos graxos W-3.
A soja e seus derivados têm efeito redutor do estresse oxidativo e modulam a função endotelial, fatores importantes na gênese de doenças cardiovasculares. As isoflavonas melhoram a resistência das células endoteliais a agressões e induzem relaxamento vascular.
Os componentes da soja possuem efeito antiproliferativo, com efeito protetor contra cânceres. Além disso, estudo observacionais associam a presença de soja na dieta com prevalência reduzida de tumores malignos de mama, próstata e cólon.
Estudo observacionais têm demostrado também menor incidência de osteoporose após a menopausa em mulheres nas populações com dieta rica em soja, associam-se esses resultados à ação estrogênica.
A soja é rica em proteínas de boa qualidade, possui ácidos graxos poliinsaturados e compostos fitoquímicos como: isoflavonas, saponinas, fitatos, dentre outros. Também é uma excelente fonte de minerais como: cobre, ferro, fósforo, potássio, magnésio, manganês e vitaminas do complexo B.
Alimentos que contenham ao menos 6,25g de proteína por porção, tendo como base no consumo mínimo de 25g de proteína de soja por dia reduz o "risco de doenças cardiovasculares", equivale ao consumo de 4 porções ao dia. Para otimizar a absorção, recomenda-se dieta equilibrada, ênfase em complexo B e magnésio, além de assegurar bom trânsito intestinal com flora intestinal sadia.

Conteúdo de isoflavona/proteína de soja (ideal em torno de 2mg/g):

Grão de soja: 2 a 4 mg de isoflavona/g de soja;
Missô: 0,6 a 0,8 mg/g;
Tofu: 0,2 a 0,5 mg/g;
Salsicha de soja e iogurte de soja: 1/10 grão de soja.